sábado, 27 de julho de 2013

Chegadas e Partidas.

Aquela lágrima teimosa e aquele nó na garganta insistente que parecem esquecer todo o tempo em que se está junto e parece que só há dor e nada mais quando se está dando um até logo.

Como se tudo o que se vive enquanto se está junto com os olhos brilhando, pele arrepiada, coração acelerado, alegria que não se explica acaba de uma só vez no simples momento da despedida.

Não há tempo suficiente para os amantes estarem juntos que não os faça sofrer quando precisam separar-se.

Quanto mais afirmamos que sabemos lidar com a distância, mais a garganta aperta. Não falamos isso pra nós mesmos, mas para o outro, na intenção de amenizar a sensação de dor da saudade, mas nem sempre funciona.

A cada abraço, mais sentimos necessidade de abraçar e quanto mais juntos estamos, mais sentimos que falta um pouco. Não nos preparamos para nos despedir, para nos afastar do que ou quem gostamos ou queremos.

Toda essa Saudade, esse desejo de se estar perto pode servir como termômetro para o quão empolgados, apaixonados ou amando estamos. Num primeiro instante, devido à empolgação a despedida incomoda bastante, mas ainda estamos tranquilos em lidar devido ao pouco envolvimento real. Quando a paixão nos atropela, a dor fica quase que insuportável e já não sabemos se temos a capacidade de nos manter distante do outro. Mas quando percebemos que conseguimos acalmar nossos corações mesmos nas despedidas, é um sinal claro de que estamos em sentimentos mais maduros, com planos de reencontro, não breves, mas definitivos.

Relacionamentos à distância, definitivamente não são para os fortes, mas para os seguros de si e dos sentimentos envolvidos.

A dor da Saudade só é suportada pela certeza do reencontro, dos que se Amam.